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Cientistas fazem primeiro exame de raios-X colorido em 3D em humanos

Cientistas da Nova Zelândia realizaram o primeiro exame de raios-X colorido e em 3D em humanos, usando uma técnica que promete melhorar o campo de diagnósticos médicos, informou o laboratório de física europeu Cern, que contribuiu com a tecnologia de imagem.

O novo dispositivo, baseado no tradicional exame de raios-X em preto e branco, incorpora a tecnologia de rastreamento de partículas desenvolvida para o Grande Colisor de Hádrons do CERN, que em 2012 descobriu a partícula Bóson de Higgs.

"Esta técnica de imagem de raios-X a cores poderia produzir imagens mais claras e precisas e ajudar os médicos a dar aos seus pacientes diagnósticos mais precisos", disse uma declaração da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern).

A tecnologia do CERN, apelidada de Medipix, funciona como uma câmera detectando e contando partículas subatômicas individuais à medida que elas colidem com os pixels enquanto o obturador está aberto.

Isso permite fotos de alta resolução e alto contraste.

Os "pixels pequenos e a resolução de energia precisa da máquina significam que essa nova ferramenta de imagem é capaz de obter imagens que nenhuma outra ferramenta de imagem pode alcançar", disse o desenvolvedor Phil Butler, da Universidade de Canterbury.

Segundo o CERN, as imagens mostram muito claramente a diferença entre osso, músculo e cartilagem, mas também a posição e o tamanho de tumores cancerígenos, por exemplo.

A tecnologia está sendo comercializada pela empresa neozelandesa MARS  Bioimaging, ligada às universidades de Otago e Canterbury, que ajudaram a desenvolvê-la.

(FONTE UOL)

Os contraceptivos que você tem direito de exigir pelo SUS - e o que fazer se não conseguir

  • Não tem só camisinha e pílula nas unidades de atenção básica do SUS. Oito métodos de contracepção devem estar disponíveis gratuitamente. Saiba quais e como cobrar, caso não encontre essas opções na unidade de atenção básica da sua cidade!
    Não tem só camisinha e pílula nas unidades de atenção básica do SUS. Oito métodos de contracepção devem estar disponíveis gratuitamente. Saiba quais e como cobrar, caso não encontre essas opções na unidade de atenção básica da sua cidade!
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, em tese, oito tipos de contraceptivos, entre os quais o Dispositivo Intrauterino de cobre (DIU de cobre), a camisinha masculina e feminina, e o anticoncepcional injetável ou em pílula. Além disso, é possível fazer vasectomia e laqueadura, se o homem e ou a mulher tiver mais de 25 anos ou dois filhos.
Mas reportagem exclusiva da BBC News Brasil mostrou que, na prática, as mulheres enfrentam desinformação e falta de treinamento dos profissionais de saúde na busca por contraceptivos no sistema público. Grande parte dos postos de saúde e maternidades focam na oferta de camisinhas e anticoncepcionais em pílula.
Em alguns Estados - principalmente nas regiões Norte e Nordeste - colocar DIU pode ser uma missão quase impossível. O principal problema, segundo relato de médicos e pacientes, é a falta de profissionais treinados para fazer o procedimento, embora ele seja simples, rápido e não exija anestesia.
O Ministério da Saúde diz que, se as unidades de atendimento básico não disponibilizarem o método procurado - entre os que são ofertados pelo SUS -, o paciente deve cobrar informações das secretarias ou conselhos municipais de Saúde. Isso pode ser feito por meio de ouvidorias.
Ginecologistas com experiência na rede pública também sugerem que as pessoas reportem o problema no Disque Saúde (discando 136)- serviço de atendimento à população do Ministério da Saúde. "Diante da reclamação, o Ministério da Saúde pode cobrar informações da Secretaria de Saúde do município onde falta o método contraceptivo", diz a ginecologista Renata Reis.
Outra possibilidade é recorrer ao Ministério Público. O promotor de Justiça de Minas Gerais, Márcio Ayala, explica que, se os moradores verificarem a ausência dos contraceptivos nas unidades de atenção básica, eles podem procurar a promotoria da cidade e reportar o problema.
Isso pode ser feito pessoalmente na sede da promotoria, nos horários de atendimento ao público, ou por meio das ouvidorias - o telefone é normalmente disponibilizado no site da promotoria de cada município.
Diante da reclamação, o promotor pode cobrar uma resposta do Conselho Municipal e da Secretaria de Saúde, e estipular um prazo para que o serviço seja disponibilizado. Se não houver resultado, o Ministério Público pode entrar com uma ação na Justiça para obrigar o município ou Estado a oferecer o contraceptivo.
"O Ministério Público é o fiador dos serviços públicos. Se há uma demanda da sociedade, se as pessoas não estão tendo acesso (ao contreceptivo), fazemos a demanda extrajudicial primeiro", diz Ayala.
"Se o serviço não for disponibilizado no prazo, o Ministério Público pode entrar com uma ação civil pública para compelir município e Estado a suprirem (a demanda)."
Saiba o que faz parte do "cardápio" de contraceptivos do SUS.

Anticoncepcional oral 'combinado'

A pílula é o contraceptivo mais utilizado pelas mulheres brasileiras. Contém dois hormônios produzidos pelos ovários - o estrogênio e a progesterona -, e funciona inibindo a ovulação.
O método tem eficácia em 99,7% dos casos, mas isso quando se considera o uso "perfeito", ou seja, quando o medicamento é tomado todos os dias corretamente. Mas esquecimentos são comuns e aí a proteção cai significativamente - para em torno de 91%.
A eficácia também pode ser comprometida se a mulher tiver diarreias intensas e vômitos.
Não há evidência científica de que os antibióticos reduzam a eficácia da pílula, segundo a Dr. Renata Reis. Mas, na dúvida sobre se o medicamento que você vai tomar pode ter algum efeito na eficácia do anticoncepcional, verifique isso com o médico que prescreveu e leia a bula.
De acordo com a médica ginecologista Natália Zavattiero, entre os possíveis efeitos colaterais do anticoncepcional combinado oral estão a diminuição da libido, com o uso prolongado. "E algumas pacientes relatam ganho de peso", disse.
Esse tipo de pílula, por causa da liberação do estrogênio, também aumenta de 2 a 4 vezes o risco de trombose. Mas Carolina Sales Vieira, professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), destaca que esse aumento no risco é menor que o provocado por uma gestação.
"Temos de 1 a 5 casos de trombose a cada 10 mil mulheres. Quando eu uso uma pílula, anel ou adesivo hormonal, eu vou aumentar em duas a quatro vezes esse risco. O número ainda é muito baixo. A gravidez aumenta de 20 a 80 vezes o risco de trombose", diz.
Os benefícios incluem redução da tensão pré-mentrual, da cólica e do fluxo de sangramento.

Minipílula

Essa pílula anticoncepcional só possui um tipo de hormônio, a progesterona. Por isso, segundo Carolina Sales Vieira, ela não aumenta o risco de trombose.
Embora também atue inibindo a ovulação, a eficácia é menor que a pílula anticoncepcional combinada, por isso só costuma ser indicada durante o período de amamentação.
Ela deve começar a ser tomada na sexta semana após o parto, para que não haja qualquer interferência na fase inicial de produção de leite. Após este período, a minipílula não interfere na amamentação.
E por possuir quantidade pequena de hormônio, é ainda mais importante observar a regra de tomar todos os dias, no mesmo horário. Um simples atraso de mais de três horas no horário de tomar já reduz a eficácia.
Cada cartela tem 28 pílulas e não há intervalo entre uma cartela e outra.

Injeção mensal ou trimestral

Outro método que você pode buscar pelo SUS é o anticoncepcional injetável, que pode valer por um mês ou três meses e também inibe a ovulação.
É considerado mais eficiente que o anticoncepcional em pílula porque a mulher não precisa se lembrar de tomá-lo diariamente.
O injetável mensal contém dois hormônios- estrogênio e progesterona. Mas Carolina Vieira destaca que a quantidade de estrogênio é menor que a do anticoncepcional oral.
"O estrogênio acaba em 15 dias e aí só sobra o progestagênio (nome para a progesterona desenvolvida em laboratório) nos outros 15 dias. Em tese, ele seria mais seguro que a pílula e o anel hormonal. Mas faltam estudos para comprovar isso."
Já o injetável trimestral só possui progesterona, o que reduz ainda mais as contraindicações e os riscos. Somente o estrogênio é associado ao risco de trombose.
"Ele é mais seguro que os métodos que têm estrogênio. Sobre isso não há dúvida. Mas ele vai ter algumas particularidades, porque tem mais quantidade de progestagênio, então pode dar mais fome e a mulher pode ganhar mais peso e reter líquido", diz Vieira.
A médica Natália Zavattiero menciona a possibilidade de sangramentos irregulares após a primeira dose. "Normalmente, isso costuma melhorar a partir da segunda ampola, quando a paciente normalmente para de menstruar."
Já com a injeção mensal, a mulher menstrua normalmente. "Algumas pacientes podem ter um sangramento maior que com a pílula oral e alguma retenção de líquido."
É importante lembrar que, embora a eficácia desse método ultrapasse 99%, esse percentual cai se a nova dose não for injetada no término de 30 dias (no caso do mensal) ou 90 dias (no caso do trimestral).

DIU de cobre

O Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre é o principal método contraceptivo de longa duração oferecido pelo SUS. Apresenta seis falhas a cada mil casos e dura 10 anos. Por não depender da "memória" e pela eficácia continuada, é considerado, por muitos especialistas, um dos métodos mais eficientes para evitar a gravidez.
"É uma das melhores opções para pacientes jovens e adolescentes", diz Natália Zavattiero.
Mas encontrá-lo na rede pública não é tarefa tão fácil. Em algumas cidades, falta material. Em outras, o problema é a ausência de profissionais treinados para fazer o procedimento, embora ele seja simples - dura cerca de 15 minutos.
"A maioria das mulheres pode sentir um desconforto, como uma cólica mais forte, na hora de colocar (o DIU). Mas não há necessidade de anestesia e pode ser feito em ambiente ambulatorial", afirma Zavattiero.
O principal efeito colateral é um fluxo menstrual mais intenso, para algumas mulheres. "A paciente pode ter um aumento tanto em dias (para 8 dias, em média) quanto em quantidade de sangramento (um aumento em torno de 25%). E pode ter um aumento de cólica."
"Com relação a riscos, o principal risco do DIU é o deslocamento - ele sair da da cavidade uterina, da posição correta. Mesmo assim, é considerado um método seguro", completa a ginecologista.
O DIU de cobre normalmente não é indicado a pacientes com anormalidades anatômicas do útero, anemia, vírus HIV, que tenham alergia a cobre, que estejam com câncer no colo do útero ou com infecção ginecológica ativa.
Carolina Vieira destaca que mais de 70% das mulheres que usam o DIU de cobre se dizem satisfeitas com o método. A ginecologista Renata Reis destaca que, por desinformação, há quem pense que esse contraceptivo é "abortivo".
"O cobre funciona matando o espermatozóide e o óvulo antes de eles se encontrarem, ou seja, antes da fecundação. Ele não tem efeito abortivo", diz.

Camisinhas feminina e masculina

Estão incluídos no rol de métodos de "barreira". São os únicos métodos contraceptivos capazes de prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis, como a aids. As camisinhas masculina e feminina não devem ser usadas ao mesmo tempo, porque o atrito pode aumentar o risco de rompimento.
Carolina Vieira, da USP, destaca que a camisinha é essencial no combate a doenças sexualmente transmissíveis, mas a taxa de falha no caso de gravidez é maior que a de métodos contraceptivos de longa duração (como o DIU e a injeção hormonal) - 98% de eficácia, quando usada perfeitamente.
Quando ela não é usada corretamente, ou seja, quando consideramos o seu "uso real", a eficácia cai para 82%.
A eficácia real dos métodos contraceptivos foi verificada a partir de uma pesquisa da Universidade de Princeton (EUA) que acompanhou 100 mulheres que usaram diferentes métodos contraceptivos durante um ano.
Diferentemente da masculina, a camisinha feminina pode ser colocada horas antes da relação sexual, segundo a ginecologista Renata Reis. "As mulheres que usam a camisinha feminina costumam gostar. É só introduzir como se faz com um absorvente íntimo. Depois da relação, você torce para fechar e joga fora", disse.

Diafragma

Também é um método de barreira, mas a eficácia é bem menor que a da camisinha e não previne contra doenças sexualmente transmissíveis. Pode ser usado junto com a camisinha, para aumentar a eficácia.
A orientação do SUS é que a pessoa interessada consulte o ginecologista antes de levar esse método para a casa, para que receba instruções sobre como usar e tenha o seu diafragma medido.
"O diafragma é inserido na vagina, com espermicida. A mulher tem que ser treinada, junto com um médico ginecologista capacitado, para saber colocar de maneira correta e de maneira que cubra o colo do útero. E para saber o tamanho do diafragma", diz a ginecologista Renata Reis.

Pílula de emergência (ou pílula do dia seguinte)

Essa pílula só contém o hormônio progesterona, mas em quantidade maior que em uma pílula anticoncepcional comum. Não deve ser usada como método contraceptivo, porque a eficácia é bem menor- 75%.
A pílula de emergência é oferecida nas unidades de atenção básica a homens e mulheres que relatarem terem feito sexo sem proteção ou em caso de falha do contraceptivo.
A eficácia é maior até 72 horas após o ato sexual, mas pode ser tomada até cinco dias depois - quanto maior a demora em tomar, menor a eficácia em evitar a gestação.
E a pílula de emergência não interfere numa gravidez em curso, ou seja, não funciona como abortivo.
Por desinformação, muita gente acha que esse tipo de medicamento provoca a "morte do embrião". Na verdade, ele inibe uma fecundação que iria acontecer, ao retardar ou inibir a ovulação. Se a fecundação já tiver ocorrido, o medicamento não terá efeito.
"Os principais sintomas são uma irregularidade menstrual, no período posterior ao uso, o que, para uma adolescente com medo de engravidar, pode ser um transtorno. Também pode dar dor de cabeça e causar um inchaço", diz a ginecologista Natália Zavattiero.

Laqueadura e vasectomia

A esterilização é oferecida no SUS somente para homens e mulheres com mais de 25 anos ou dois filhos. Em várias clínicas, os profissionais de saúde se confundem com essa regra achando que é preciso ter mais de 25 anos e dois filhos, mas os critérios são independentes.
As etapas até conseguir fazer o procedimento podem ser burocráticas. A lei, por exemplo, exige que pessoas casadas autorizem o parceiro ou parceira a fazer a vasectomia ou laqueadura.
A BBC News Brasil mostrou que os moradores do Norte e do Nordeste, regiões com maiores taxas de natalidade, são os que mais têm dificuldade de acesso a DIU, laqueadura e vasectomia.
A vasectomia sequer é oferecida em alguns Estados - em um ano, nenhum procedimento foi realizado em Alagoas e Amapá, de acordo com os dados do Data SUS.
O Ministério da Saúde afirmou que, por serem procedimentos difíceis de serem revertidos, laqueadura e vasectomia "devem ser realizados com cautela".

O importante é ter todas as opções à mão

As médicas consultadas pela BBC News Brasil destacam que não existe um método melhor do que outro. Todos têm vantagens e desvantagens.
Cada mulher deve escolher, conforme suas necessidades, o contraceptivo mais adequado. O ideal é ter todos os métodos à disposição, principalmente os de longa duração, além de acesso a informações sobre cada um deles.
"Existem mulheres que se beneficiam com um método ou com outro. O importante é ser informada sobre os benefícios e malefícios de cada um, para que os riscos não sejam subestimados nem superestimados", defende a professora Carolina Sales Vieira, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP.

(FONTE UOL)

Aquecimento global ameaça 1 bilhão de pessoas sem refrigeração no mundo

  • Paquistanesa abana criança vítima de insolação
    Paquistanesa abana criança vítima de insolação
Mais de um bilhão de pessoas estão ameaçadas pela falta de ar condicionado e refrigeração para refrescá-las e preservar alimentos e remédios, à medida que o aquecimento global provoca temperaturas mais elevadas, mostrou um estudo nesta segunda-feira.
A demanda maior de eletricidade para geladeiras, ventiladores e outros aparelhos vai agravar a mudança climática provocada pelo homem, a menos que os geradores de energia troquem os combustíveis fósseis por energias mais limpas, segundo o relatório do grupo sem fins lucrativos Sustainable Energy for All.

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Cerca de 1,1 bilhão de pessoas da Ásia, África e América Latina --470 milhões em áreas rurais e 630 milhões de moradores de favelas nas cidades-- correm riscos em meio aos 7,6 bilhões de habitantes do planeta, segundo o estudo.
"A refrigeração se torna cada vez mais importante" por causa da mudança climática, disse Rachel Kyte, chefe do grupo e representante especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Energia Sustentável para Todos, à Reuters.
Em uma pesquisa de 52 países, os mais ameaçados incluíram Índia, China, Moçambique, Sudão, Nigéria, Brasil, Paquistão, Indonésia e Bangladesh, de acordo com o relatório.
"Temos que proporcionar refrigeração de uma maneira super eficiente", disse Rachel. As empresas podem encontrar grandes mercados, por exemplo desenvolvendo aparelhos de ar condicionado de baixo custo e alta eficiência para vender para as classes médias crescentes de países tropicais.
E soluções mais simples, como pintar telhados de branco para que reflitam a luz do sol e reprojetar edifícios para que permitam a liberação do calor, também ajudariam.
A agência de saúde da ONU diz que o calor ligado à mudança climática deve causar 38 mil mortes adicionais por ano em todo o mundo entre 2030 e 2050. Em maio, durante uma onda de calor, mais de 60 pessoas morreram em Karachi, no Paquistão, quando as temperaturas ultrapassaram os 40 graus Celsius.
Em áreas remotas de países tropicais, muitas pessoas não têm eletricidade e as clínicas muitas vezes não conseguem armazenas vacinas e medicamentos que precisam ser refrigerados, segundo o estudo, e em favelas o fornecimento de energia muitas vezes é intermitente.
Além disso, muitos agricultores e pescadores não têm acesso a uma "cadeia fria" para preservar e transportar produtos para os mercados. Peixes frescos estragam em questão de horas se foram guardados a 30 graus Celsius, mas se mantém comestíveis por dias quando resfriados.

Como multinacionais de países 'linha-dura' acabaram investigadas por fraude na Saúde do Brasil

Elas operam em dezenas de países e são reconhecidas pela excelência em tecnologia. Mas também estão sendo acusadas de participar de um cartel responsável por fraudar licitações na área da saúde no Rio de Janeiro, num esquema criminoso que teria movimentado R$ 1,5 bilhão.
Investigação que surgiu como desdobramento da Operação Lava Jato aponta que mais de 30 grandes empresas participariam do "Clube do Pregão Internacional", entre as quais gigantes multinacionais como a Philips e a Johnson & Johnson. Constam da lista companhias alemãs, norte-americanas e holandesas, países que estão entre as 20 nações com menor percepção de corrupção, conforme o ranking de 2016 da ONG alemã Transparência Internacional.
Já o Brasil está na em 79º lugar entre 176 países. O ranking leva em consideração a percepção que a população tem sobre a corrupção entre servidores públicos e políticos. Quanto melhor um país está situado no ranking, menor é a percepção da corrupção entre os nacionais.
As empresas estrangeiras investigadas pelo Ministério Público teriam formado um cartel para fraudar e cobrar sobrepreço em licitações da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), segundo os procuradores responsáveis pela Operação Fatura Exposta, deflagrada na última quarta-feira.
Esta não é a primeira vez que empresas multinacionais de países desenvolvidos são investigadas na Lava Jato - uma das primeiras linhas de investigação girou em torno de contratos da Petrobras com a holandesa SBM Offshore. A empresa foi alvo da operação Sangue Negro da Polícia Federal em 2015, e mais tarde seu representante no Brasil admitiu ter pagado propina para conseguir contratos com a Petrobras.
Mas como explicar a aparente contradição entre a atuação dessas empresas em seus países com o que vem sendo investigado no Brasil?

Desconto de imposto para quem paga propina

O representante no Brasil da Transparência Internacional, Bruno Brandão, destaca que, por muitos anos, os países desenvolvidos chegavam a incentivar a prática de corrupção por parte de suas empresas em países pobres e em desenvolvimento, enquanto punia com rigor irregularidades praticadas em seus territórios.
"Países europeus como a Alemanha e a França davam até incentivos fiscais para o pagamento de suborno no exterior. As empresas poderiam deduzir do imposto gastos com 'facilitação', um eufemismo para suborno. Você poderia registrar nos livros (contábeis) o pagamento de suborno em países em desenvolvimento", disse ele à BBC News Brasil.
Em inglês, este tipo de pagamento é chamado de "facilitating payment", e é considerado diferente de propina - embora a diferença entre uma coisa e outra seja nebulosa. "Havia uma cobrança de comportamento ético no território nacional, mas uma cumplicidade (com a corrupção) quanto à atividade das empresas no exterior", diz ele.
De acordo com a advogada criminalista e especialista em conformidade Sylvia Urquiza, a prática de abater dos impostos os gastos com propina continuou até recentemente, nos anos 2000. "O pensamento dos governos era: 'só vamos conseguir expandir os negócios em países dominados pela prática de corrupção se pagarmos propina também'", diz ela.
Em 1997, os países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) assinaram um acordo antipropina (OECD Anti-Bribery Convention), comprometendo-se a evitar a prática - embora não a tenham proibido totalmente, explica Urquiza. A convenção entrou em vigor em 1999, e foi complementada em 2009.
Nos EUA, diz a especialista, existe uma lei contra a corrupção no exterior (conhecida pela sigla em inglês SCPA) desde 1977. Mas só no começo dos anos 2000 o país começou a aplicar a legislação de forma mais sistemática, especialmente para empresas das áreas de tecnologia da informação e de saúde - pois estes setores estão entre os que mais fecham contratos com o poder público.

Mudanças ainda tímidas

Segundo Bruno Brandão, por mais que hoje as legislações dos países tenham evoluído, ainda há resquícios da cultura de que seria aceitável praticar irregularidades em nações com menos fiscalização e maiores índices de corrupção.
O ex-ministro da Controladoria-Geral da União e especialista em compliance Jorge Hage lembra que o período no qual, em tese, teriam ocorridos os crimes desvendados pela operação no Rio (a partir de 1996) são anteriores ao endurecimento no combate à corrupção no Brasil, e à convenção da OCDE.
Segundo o ex-ministro Jorge Hage, da Controladoria Geral da União, 'não chega a surpreender que essas empresas globais, à época desses fatos, ainda atuassem nos moldes tradicionais, apostando na impunidade nos países periféricos'
"As mudanças na legislação brasileira (como a Lei Anticorrupção e a Lei das Organizações Criminosas) são muito recentes. Ambas as leis são de 2013. E a própria Lava Jato começou em 2014. Logo, não chega a surpreender que essas empresas globais, à época desses fatos, ainda atuassem nos moldes tradicionais, apostando na impunidade nos países periféricos", disse o ex-ministro à BBC Brasil.
Hage ressaltou que fala em tese, pois não teve acesso aos dados da investigação para além do que a imprensa noticiou.
Segundo o diretor do Instituto Ethos, Caio Magri, o combate à corrupção depende também de mudanças culturais nas empresas que, infelizmente, costumam ocorrer lentamente.
"A GE já teve outros casos (de conduta ilegal) mais complexos e maiores envolvendo a empresa nos Estados Unidos e na Europa, que provocaram mudanças e transformações na empresa. Mas ainda não conseguiram atingir a toda organização", nota ele.

Como funcionaria o esquema no Rio?

A nova fase da Operação Fatura Exposta foi deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público na quarta-feira. Prendeu oito executivos, entre eles Daurio Speranzini Jr, CEO da General Electric Healthcare para a América Latina. Speranzini é investigado por fatos ocorridos quando atuava como executivo da Philips.
Propinas teriam sido pagas pelas empresas a governantes e funcionários públicos do Rio de Janeiro entre 1996 e 2017.
Assim como nas investigações do Mensalão e da Lava Jato, o Ministério Público identificou a atuação de diferentes "núcleos"- político, econômico e operacional- no esquema de corrupção da área da saúde.
O núcleo operacional seria liderado pela empresa de equipamentos médicos Oscar Iskin, do empresário brasileiro Miguel Iskin, que também foi preso. Ele seria responsável por fazer a ligação entre o setor público (chamado de núcleo político, pelo MPF) e empresários integrantes do cartel (núcleo econômico), para direcionar pregões públicos de compra de equipamentos médicos.
Empresas concorrentes que não faziam parte do cartel seriam propositadamente desclassificadas das concorrências, a partir da inclusão de cláusulas na licitação que favoreciam especificamente as integrantes do grupo criminoso.
Segundo o Ministério Público, as multinacionais, que integravam o núcleo econômico do esquema, pagavam uma comissão de pelo menos 10% do valor do contrato a Iskin, para garantir as vitórias no pregão, e cobravam sobrepreço na oferta dos equipamentos para financiar a comissão e a propina paga aos agentes públicos que aderiram ao esquema.
"Esses atos de ofício eram comprados com o pagamento de vantagens indevidas milionárias, as quais eram custeadas com base na arrecadação de valores com as empresas beneficiárias das licitações, seja por meio de pagamento de 'comissões' no exterior (correspondentes a cerca de 40% dos contratos), seja por meio do recolhimento no Brasil de valores entre 10% e 13% dos contratos firmados pelas empresas do cartel", diz o Ministério Público.

O que dizem os investigados

A General Electric, cujo CEO no Brasil foi preso, afirmou à BBC News Brasil que as acusações contra Daurio Speranzini Jr referem-se a um período em que o executivo ainda não trabalhava para a empresa. "A GE atua com base nos mais altos padrões de integridade, ética e transparência. E está à disposição das autoridades para qualquer eventual esclarecimento", disse.
A Philips, citada nas investigações como integrante do cartel, informou que está "cooperando com as autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos quanto às investigações em andamento".
"A política da Philips é realizar negócios de acordo com todas as leis, regras e regulamentos aplicáveis. Quaisquer investigações sobre possíveis violações dessas leis são tratadas muito seriamente pela empresa."
A Johnson & Johnson Medical Devices, que também seria parte do esquema, conforme o Ministério Público, afirmou que "segue rigorosamente as leis do país e está colaborando integralmente com as investigações em andamento".
O advogado de Miguel Iskin, dono da Oskar Iskin, negou que ele tenha cometido crimes.
"A Oskar Iskin está com as atividades paralisadas, desde 2016. Não houve licitação vencida pela Oskar Iskin na qual o preço não fosse o de mercado, ou seja, o correto. Não houve licitação em que a Oskar Iskin tenha vencido em que exatamente o equipamento contratado não tenha sido entregue", disse o seu advogado Alexandre Lopes.

(FONTE UOL)

Metade das manchas de sangue do Santo Sudário são falsas, dizem especialistas


  • Massimo Pinca/AP
    Visitantes admiram o Santo Sudário - o tecido de cerca de 4 metros de comprimento no qual Jesus Cristo teria sido sepultado
    Visitantes admiram o Santo Sudário - o tecido de cerca de 4 metros de comprimento no qual Jesus Cristo teria sido sepultado
Um estudo realizado por dois italianos especialistas em medicina forense chegou à conclusão de que ao menos a metade das manchas do Santo Sudário, tecido que segundo a tradição católica foi usado para envolver o corpo de Jesus Cristo, são falsas.

O estudo, publicado no Journal of Forensic Sciences, foi feito por Matteo Borrini, da Liverpool John Moores University, e por Luigi Garlaschelli, do Comitê para o Controle das Afirmações sobre as Pseudociências (CICAP), e divulgado nesta terça-feira (17) pelo jornal italiano "La Stampa".
    "Existem muitas contradições que indicam que o Santo Sudário não é autêntico, e que se trata de uma representação artística ou didática da paixão de Cristo feita no século XIV", concluíram os pesquisadores.

    Garlaschelli emprestou o próprio corpo para fazer o experimento, no qual usou sangue verdadeiro e artificial.

    Os estudiosos se basearam na mesma metodologia usada para cenas de crimes e determinaram que muitas manchas de sangue não são compatíveis com a posição de uma pessoa crucificada.

    "Simulamos a crucificação com cruzes de diferentes formas, de diversos tipos de madeira e com diferentes posições do corpo: braços na horizontal, vertical, sobre a cabeça", contaram os especialistas.

    A famosa relíquia, que fica em Turim (norte da Itália), é um tecido de 436 centímetros de comprimento por 110 de largura, e representa um homem que foi crucificado com pregos nas mãos e nos pés.

    O pano, que de acordo com explicações científicas seria "falso", foi fotografado em 1898 pela primeira vez, e a imagem do sudário coincidiu com um "negativo perfeito", o que foi visto como um "milagre".

    Desde então, a relíquia desperta todo o tipo de debate, tanto científico como teológico, pelo qual a Igreja Católica não manifestou oficialmente sua aceitação ou recusa, considerando que se trata de uma manifestação de devoção popular.

    Em 1988, três laboratórios de Estados Unidos, Suíça e Inglaterra estabeleceram que o linho foi fabricado na Idade Média, entre 1260 e 1390.

    Borrini e Galarchelli consideram que o sangue acumulado abaixo da cintura não se justifica com a posição, nem o que se encontra entre os rins, embora tenham detalhado que não analisaram a substância que formou as manchas.

    "Parecem criadas de forma artificial, com um dedo ou um pincel", destacaram.

    (FONTE UOL)

    'Bomba de lava' atinge barco no Havaí e deixa 23 feridos

    • O barco ficou com um buraco no teto e uma das grades também foi danificada
      O barco ficou com um buraco no teto e uma das grades também foi danificada
    Uma "bomba de lava" do vulcão havaiano Kilauea atingiu um barco turístico e deixou 23 feridos, um deles em estado grave, informaram os bombeiros nesta segunda-feira (16). A embarcação fazia um "tour de lava" na Grande Ilha, que oferece passeios para ver de perto a área onde a lava toca o mar.


      "O barco retornou ao cais de Wailoa em Hilo às 07h00 com 23 passageiros feridos", indicaram as autoridades locais em um comunicado enviado à AFP.

      Do total, 13 foram levados ao hospital e 10 tratados no próprio local. "Quatro foram levados em ambulâncias ao Hilo Medical Center. Três passageiros se encontravam em condição estável. Uma jovem estava em situação grave com uma fratura no fêmur. Os outros nove foram conduzidos ao hospital e o Corpo de Bombeiros determinou que seus ferimentos eram superficiais".

      As autoridades não detalharam o número de pessoas a bordo nem a localização exata do incidente. O barco ficou com um buraco no teto e uma das grades também foi danificada.

      "Foi uma explosão", disse Janet Snyder, porta-voz da Prefeitura do condado do Havaí, citada no jornal "Tribune Herald". "O barco estava coberto de lava".

      O Kilauea - vulcão com maior atividade do mundo - entrou em erupção em 3 de maio, forçando a evacuação de milhares de pessoas e destruindo centenas de imóveis. A empresa que faz os passeios, Lava Ocean, ainda não fez comentários sobre o incidente.

      Em seu site pode-se ver fotos de embarcações muito próximas ao 'laze', palavra em inglês formada pela junção dos termos "lava" e "haze" (névoa), que produz uma mistura de ácido clorídrico (HCl), vapor e pequenas partículas de vidro vulcânico.

      Uma das fissuras mais ativas, a oitava, continua em erupção e sua lava formou uma pequena "ilha" a poucos metros da costa, de seis a nove metros de diâmetro, segundo o serviço geológico dos Estados Unidos (USGS). "É muito provável que seja parte do fluxo da fissura 8 que está entrando no oceano e possivelmente um túmulo submarino se acumulou debaixo d'água e emergiu acima do nível do mar", indicou.

      O Kilauea é um dos cinco vulcões localizados na Grande Ilha. Os cientistas acreditam que a atividade vulcânica poderia ser precursora de uma erupção maior, similar à que ocorreu em meados da década de 1920.
      (FONTE UOL)

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      • Imagem do projeto do Vainkará, onde teria ocorrido o acidente
        Imagem do projeto do Vainkará, onde teria ocorrido o acidente
      Um visitante do Beach Park, em Aquiraz (na Grande Fortaleza), morreu após um acidente no parque aquático na tarde desta segunda-feira (16). Segundo a empresa, "a equipe de segurança aquática realizou o atendimento à vítima de forma imediata, mas infelizmente o visitante foi a óbito."
      A vítima foi Ricardo José Hilário Silva, 43, radialista e conhecido como Ricardo Hill. A informação foi confirmada pela Band FM Sorocaba (SP), onde ele trabalhou como locutor, e pela Nova Brasil FM, onde trabalhava atualmente. HIll estava de férias.
      Apesar de confirmar o fato, o parque não divulgou a atração em que teria ocorrido o acidente.
      Reprodução/Facebook
      Radialista Ricardo José Hilário Silva, 43, conhecido como Ricardo Hill, morreu em um acidente em um dos brinquedos do Beach Park
      Segundo relatos nas redes sociais, o visitante teria se acidentado no Vainkará, brinquedo inaugurado no último sábado (14). A atração custou R$ 15 milhões e foi a 19ª lançada pelo parque. Com 150 metros de comprimento e 30 m de altura - equivalente a um prédio de oito andares -, a aventura consiste em até quatro pessoas descerem um imenso tobogã em uma boia.
      A vítima estaria em uma boia com outras três pessoas e teria sido arremessada para fora do local.
      Devido ao acidente, a atração foi fechada e só voltará a abrir após investigação da polícia. O parque também não funcionará nessa terça-feira (17).
      "O Beach Park lamenta profundamente o ocorrido e está dando todo o apoio, suporte e atenção para a família. Também reforça seu compromisso prioritário com a segurança e a integridade de seus visitantes e por isso realiza treinamentos com a equipe de segurança e de primeiros socorros diariamente", informou a direção do parque.
      O Beach Park existe há 33 anos e está instalado em uma área à beira-mar de mais de 200.000 m², que além do parque aquático, conta com quatro resorts. Em 2017, um milhão de pessoas visitaram o empreendimento.
      (Fonte UOL)

      Ford Ranger Raptor tem produção iniciada na Tailândia

      Ford Ranger Raptor tem produção iniciada na Tailândia
      A versão de produção mais insana da Ford Ranger acaba de ter sua produção iniciada pela empresa norte-americana. A nova Ford Ranger Raptor começou a ser fabricada na planta da marca em Rayong, na Tailândia. Pelo menos por enquanto, a nova picape média desenvolvida pela Ford Performance está confirmada somente para mercados da Ásia-Pacífico que usam a direção do lado direito.
      De acordo com a Ford, a nova Ranger Raptor “cria uma nova referência no segmento de picapes médias fora de estrada”.  Muito mais que um modelo com mudanças somente no visual, a nova picape se diferencia por recursos que garantem maior valentia nos mais diferentes tipos de terreno. Entre eles, a suspensão mais alta para permitir uma maior distância em relação ao solo (28,3 cm), além da bitola mais larga com 2,10 metros e ângulo de entrada de 32,5º e ângulo de saída de 24º.
      Ford Ranger Raptor tem produção iniciada na Tailândia
      O conjunto inclui também sistema de gerenciamento de terreno com seis modos de condução, como o “Baja” que altera a resposta do acelerador do utilitário para off-road em alta velocidade, promove mudanças nas trocas de marcha, altera a tração para o modo 4×4 e reduz a atuação dos controles de estabilidade e tração. Há ainda conjunto de suspensão reforçado com amortecedores Fox e rodas de 17 polegadas calçadas com pneus todo-terreno BF Goodrich.

      O motor é um 2.0 litros turbodiesel de quatro cilindros, que consegue desenvolver 213 cv e 51 kgfm, associado a um câmbio automático de 10 marchas e tração nas quatro rodas. Dados de desempenho do modelo, porém, ainda não foram divulgados.
      Ford Ranger Raptor tem produção iniciada na Tailândia
      Durante o desenvolvimento da Ranger Raptor, a Ford realizou testes no deserto do Outback, na Austrália, e também na Califórnia, nas mesmas trilhas do deserto onde nasceu a F-150 Raptor. “É o terreno mais difícil que pudemos encontrar, no mesmo nível das competições de Baja 1000 e do Rally Dakar”, diz Hermann Salenbauch, diretor global da Ford Performance. “É a melhor área do mundo para testar uma picape como essa: se ela sobreviver lá, pode sobreviver em qualquer lugar. A Ranger Raptor excedeu as expectativas e vai mudar para sempre o modo como o mundo define as picapes médias”.